Horto TREVO VERDE

Guia Descomplicado sobre Hortas

Guia Descomplicado sobre Hortas

Cultivar seu próprio alimento é um tema que vem despertando cada vez mais interesse nas pessoas, principalmente neste ano de 2020, onde todos se depararam com a necessidade de ficar dentro de casa devido a pandemia enfrentada em nosso país e no mundo. Neste momento de tensão e incerteza muitos buscaram uma aproximação com a natureza para ocupar a mente levando plantas para dentro de suas residências.

As hortas caseiras estão em alta visto que trazem uma grande quantidade de benefícios tanto para quem cuida quanto para quem usufrui de seus “frutos”. Quando se participa de todo processo de produção do alimento que chega ao seu prato, torna-se um incentivo consumi-los, fazendo com que seja incluído mais vegetais em seu cardápio diário, sendo eles mais naturais e livres de agrotóxicos. Além disso, cuidar das plantas pode se transformar em uma atividade familiar, principalmente para quem tem crianças em casa. Aprender sobre os cuidados com as plantas, ciclos da natureza e a importância de cuidar do meio ambiente pode ser divertido quando se vê e aprende na prática. Junto a isso, revezar as regas e os cuidados entre as pessoas que moram juntas faz com que todos colaborem e compactuem com a chegada de alimentos frescos e saudáveis à mesa. Por fim, hortaliças e verduras também podem apresentar, além de seus essenciais valores nutricionais, um belo valor ornamental, compondo a decoração de seu lar.

Para começar sua horta é importante que inicialmente haja um planejamento para que ela se desenvolva da melhor forma para as plantas e para você. A escolha do local será o primeiro passo desta nova jornada junto à natureza. Não é necessário ter um quintal ou um amplo espaço, apenas um local que tenha no mínimo 4 horas de sol ao dia já é o suficiente para grande parte das hortaliças. Sendo assim, a maneira que será plantado ficará a sua escolha, algumas sugestões são:

  • Em vasos
  • Em jardineiras
  • Em canteiros
  • Horta suspensa
  • Horta vertical
  • Direto na terra (caso possua um quintal)

Decidido o local, para plantar as mudas e/ou sementes escolhidas, é importante optar por um substrato bem drenado para que não acumule água e apodreça as raízes. O substrato nada mais é do que o material utilizado para dar sustentação e nutrientes às plantas, sendo, neste caso, mais indicado o uso dos que são ricos em matéria orgânica, como terra adubada com húmus de minhoca, esterco, entre outros. Caso opte por não plantar diretamente na terra, para auxiliar na drenagem recomenda-se, inicialmente, cobrir o local, seja ele um vaso ou canteiro, com pedras ou argila expandida e uma manta de drenagem e apenas em seguida colocar o substrato (terra pronta para plantio). Feito isso, o espaço já está pronto para receber a sua plantinha.

Outro fator relevante na hora do plantio é a escolha das mudas para a sua horta. É importante optar por plantas com necessidades semelhantes de rega e de clima para simplificar os cuidados com as mesmas, porém, além disso é interessante procurar saber se elas são plantas companheiras. Plantas companheiras? Isso mesmo, existem ervas, verduras e hortaliças que quando plantadas próximas umas as outras, se fortalecem e se auxiliam ao longo de seu desenvolvimento, aumentando as chances de sucesso da sua horta.

Para que a sua horta caseira prospere como o esperado é de extrema importância dar a atenção devida à irrigação. Embora cada espécie e local possua uma necessidade diferente quanto à rega, no geral, recomenda-se que sejam irrigadas diariamente ou a cada dois dias, dando preferência ao início e final do dia, evitando o meio da tarde com sol intenso. Como a umidade do solo também depende de como está o tempo, uma dica que não costuma falhar é o teste com o dedo. Ele é bem simples, basta colocar o dedo na superfície do solo e caso esteja seco, molhe, caso contrário, não molhe e realize o teste novamente no dia seguinte. Nada complicado, certo? Outro meio de saber a necessidade de irrigação da planta é observando-a. A planta sempre dá sinais do que ela precisa, no caso da falta de água é comum que fique com as folhas enrugadas, murchas, amareladas ou secas, então atente-se a estes sinais e busque descobrir qual é o problema.

Além disso, antes de realizar o plantio em vasos verifique se o mesmo possui furos e se não possuir, fure, visto que sem os furos não é possível verificar o excesso da rega, podendo encharcar as plantas e apodrecer suas raízes. Já com o vaso furado, evite regar a ponto de escorrer água por baixo, pois os nutrientes são carregados embora junto a essa água, empobrecendo o solo. 

Para manter o solo rico em nutrientes, adubar de maneira constante e equilibrada é fundamental. Esta adubação pode ser feita a cada 15 ou 30 dias dependendo da necessidade das espécies em questão. É indicado o uso de adubos orgânicos, como o composto resultante do processo de compostagem, húmus de minhoca, esterco de gado e galinha, entre outros. Adubos químicos também podem ser utilizados, porém o ideal é sempre variar o tipo de adubo mensalmente para manter suas plantas bem bonitas e bem desenvolvidas.

Por fim, a colheita! A colheita é uma parte importante do processo tanto para você que irá consumir, quanto para a sua planta, que se beneficia das podas periódicas de seus ramos. Muitas pessoas acabam esperando muito para o momento da colheita com o intuito da planta alcançar seu desenvolvimento máximo, porém a colheita um pouco mais precoce incentiva o próprio crescimento desta planta, abrindo espaço para um melhor desenvolvimento das plantas vizinhas, além de resultar em uma maior rapidez para o consumo.

É importante lembrar que as plantas, sejam elas apenas ornamentais ou comestíveis, precisam de cuidado e dedicação. Então mesmo regando todos os dias e plantando no substrato correto é necessário sempre prestar atenção aos sinais que elas dão. Estes sinais podem ser uma folha queimada ou um inseto indesejado que apareceu, e a chance da situação se reverter quando reparada ainda no início é muito maior do que quando apenas nota-se o problema quando há uma infestação de insetos ou a planta já está quase morrendo. Sendo assim, é aconselhável criar-se o costume de quando for regar, dar uma boa olhada nas plantas e retirar as folhas secas e as que estão começando a apresentar algum bichinho indesejado para manter sua horta sempre saudável.

Se você está começando agora a se aventurar no mundo das hortaliças em casa, sugiro que comece com algumas das espécies a seguir, por não demandarem muitos cuidados além do explicado anteriormente:

Alecrim:

Um tempero super aromático e saboroso, o alecrim dá um toque meditarrâneo em qualquer legume e carnes em geral. Uma planta perene que, quando bem cuidada, produz por anos. Além de seu uso quando fresco, é muito comum utilizá-lo desidratado a fim de conservá-lo por mais tempo e concentrar seu sabor.O alecrim é muito resistente ao calor e ao vento. Nos primeiros meses, o ideal é mantê-lo sempre um pouco úmido para que se desenvolva bem e no futuro suporte períodos maiores de seca. É indicado utilizar vasos grandes para que haja maior disponibilidade nutricional e dê espaço para a planta, visto que ele pode se tornar um pequeno arbusto.

Manjericão:

Pizzas, massas e saladas podem ficar ainda mais gostosas com um pouco de manjericão fresco por cima. Este tempero possui diversas espécies semelhantes, sendo uma mais cheirosa e saborosa que a outra. Alfavaca, Basílico, Manjericão Roxo, Manjericão Limão e Manjericão Cravo são algumas das variedades disponíveis para sua escolha no momento em que fr decidir o que plantar em sua horta.

Esta é uma planta que se desenvolve melhor no calor e em local bem iluminado, com ao menos 4 horas de sol direto. É necessário manter seu solo úmido, tomando cuidado para não encharcá-lo. Quando plantada no chão do jardim, o manjericão pode passar de 1 metro, enquanto no vaso, devido a restrição das raízes, seu tamanho irá variar de acordo com o tamanho de seu vaso. A retirada de suas flores favorece seu crescimento, então é recomendado colhê-las quando estiverem grandes. E nada de jogá-las fora, viu? Elas são comestíveis e cheias de sabor, perfeitas para dar um toque de beleza e aroma na sua refeição.

Cebolinha:

Uns dos temperos do tradicional cheiro verde, a cebolinha e o seu sabor suave deixam qualquer prato mais gostoso. E uma curiosidade que muitos não sabem é que a cebolinha faz parte do processo de formação da cebola, sendo assim, se ela for bem cuidada, em algum momento também poderá colher as cebolas. Além disso, existem dois tipos de cebolinha, a cebolinha comum (ou verde), que é maior, mais carnuda e mais comum em supermercados e a cebolinha de folhas finas (ou galega), que como o próprio nome já diz, possui suas folhas mais finas e são ainda mais saborosas.

Esta hortaliça gosta de solos mais úmidos, bem drenados e ricos em nutrientes e o ideal é que ele se mantenha levemente úmido mas sem encharcar. É uma planta bastante resistente e precisa de algumas horas de sol direto diariamente para seu melhor desenvolvimento. Em relação à colheita, pode-se retirar as cebolinhas uma a uma conforme a necessidade da casa, lembrando de sempre cortar bem rente a sua base, ou aguardar cerca de 80 dias após o plantio para colher toda a touceira.

Salsinha:

O outro componente do conhecido do cheiro verde é a salsinha, atrativa pela sua capacidade de realçar o sabor dos pratos. E o seu sabor combina com quase tudo, como: sopas, ensopados, recheios e bolinhos, além da beleza de sua folha ser ótima para decorar os pratos. Geralmente são usadas picadas e seus talos também são tão aromáticos e deliciosos quanto suas folhas.

Por ser uma planta mais rústica, consegue se desenvolver em solo pouco férteis, porém é mais adaptada a solos ricos em matéria orgânica. Seu cultivo deve ser feito em um local que bata sol pelo menos 4 horas ao dia e sua irrigação deve ser frequente. Quando ela está muito seca suas folhas começam a murchar mas pouco tempo depois que molhar elas já voltam ao normal e ficam em pé.

Coentro:

Muitas vezes confundido com a salsinha devido a semelhança de suas folhas, o coentro possui mais “serrinhas” em suas pontas, mas caso permaneça em dúvida, corte um pedacinho que o aroma único do coentro vai chamar a sua atenção. Tanto seu aroma quanto seu sabor são bem marcantes, levando algumas pessoas a dizerem que ou você ama ou odeia o coentro. Este seu sabor característico é muito comum na culinária nordestina, oriental e na preparação de frutos do mar.

Gosta de climas quentes e precisa de bastante luminosidade direta. Quando cultivado dentro de casa, o recomendado é que fique na janela, varanda ou algum tipo de horta suspensa para conseguir receber luz o suficiente. Seu solo deve estar sempre levemente umedecido e só regar novamente quando perceber que está ficando seco. Na hora da colheita, dê preferência às folhas mais antigas para as mais novas se desenvolverem mais, e busque colher apenas as que irá usar no momento.

Orégano:

Orégano é o tempero que não pode faltar na pizza, e se você é um amante de pizzas, também não pode faltar na sua horta! O mais comum é encontrá-lo seco nos mercados e se assim preferir, é só colocar para secar em um local preferencialmente escuro quente, seco e bem ventilado. Mas o sabor dele fresco também é delicioso, ótimo para massas e molhos, dando um toque mais sutil de orégano na sua receita.

Esta é uma outra planta também bastante resistente que consegue se desenvolver em solos mais pobres, porém prefere solos férteis e bem drenados. Sua irrigação deve ser frequente a fim de manter o solo úmido para que mais para frente ela possa tolerar períodos curtos de seca. A luminosidade é muito importante para seu cultivo e quanto mais luz solar receber mais aromáticas serão as suas folhas.

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